artistas - 2023

Rafael Amorim é poeta, artista visual e pesquisador nascido em Padre Miguel - Zona Oeste Carioca. Atualmente envolvido por trabalhos que acontecem entre as artes visuais e a escrita sob uma perspectiva suburbana e homoafetiva. Graduado pela Escola de Belas Artes da Universidade Federal do Rio de Janeiro (EBA - UFRJ) e mestrando no Programa de Pós-Graduação da Universidade Federal da Bahia. Participou de diversas mostras coletivas entre Rio de Janeiro, São Paulo, Belo Horizonte, Goiânia, Salvador e João Pessoa, sendo premiado pelo 45º Salão de Arte de Ribeirão Preto. Autor de "como tratar paisagens feridas" (Ed. Garamond), seu livro de estreia selecionado na categoria novo autor fluminense no 4º Prêmio Rio de Literatura e de "matrimônio" (Margem Edições).

Ana Hortides (1989) é artista visual com formação em arte pela Escola de Artes Visuais do Parque Lage (RJ), onde foi bolsista frequentando cursos entre os anos de 2011 e 2015 e posteriormente no "Programa Formação e Deformação", no ano de 2021. Participou da Residência Pivô Arte Pesquisa (SP) em 2022. Artista indicada ao Prêmio PIPA, 2021. Recebeu o prêmio aquisição do 36º Salão de Artes Plásticas de Jacarezinho, Paraná, 2021 e do 1º Salão de Artes em Pequenos Formatos do Museu de Arte de Britânia, Goiás, 2019. O seu trabalho integra também a coleção do Museu de Arte do Rio e de coleções particulares. Pesquisa e constrói uma poética em torno das questões políticas e sociais que envolvem a casa e o íntimo, a partir do ponto de vista de quem nasceu e cresceu no subúrbio carioca, problematizando de forma material e conceitual o que chama de uma potência política do doméstico. Participa de exposições regularmente, dentre as últimas: Fundação, Casa Fiat de Cultura, Belo Horizonte, texto de Pollyana Quintella (2022) - Mostra individual; Outras Imaginações Políticas - MAM Rio, curadoria de Luisa Duarte e Pollyana Quintella (2022); REBU - EAV Parque Lage, curadoria de Clarissa Diniz e Ulisses Carrilho (2021-2022); Casa Carioca - Museu de Arte do Rio, com curadoria de Marcelo Campos e Joice Berth (2020-2021). maior que 1000

André Vargas é artista visual, poeta, compositor e educador. Vargas trabalha na retomada de sua ancestralidade como forma de entender as bases das culturas linguísticas, religiosas, históricas e estéticas da brasilidade em que se insere, tendo a cultura popular como a maior indicação desse fundamento. Os subúrbios, os interiores e os demais lugares de memória pessoal e coletiva que contornam essa ancestralidade se apresentam como ponto de partida empírico de suas postulações conceituais.
Graduando em Filosofia pela UFRJ, Vargas questiona as hegemonias que indicam uma história única ao recontar e responder a sua própria história familiar, se valendo das forças religiosas que reconduzem à afrocentricidade de seus gestos. A voz, a evocação e a conversa, produzem dobras sobre os sentidos de seus trabalhos através da conjugação entre palavra e imagem. Nesse caminho, a constante presença da ausência, reafirma o infinito de possibilidades, onde qualquer possibilidade de certeza sobre sagrado e profano escapa pela graça.

Mariana Paraizo possui forte ligação à palavra e aos espaços urbanos.
Mestranda em Linguagens Visuais no PPGAV UFRJ. Graduou-se em Artes Visuais pela UFRJ, cursou por três anos Letras e tem ampla experiência no circuito de publicações e uma relação de longa data com gravura. Teve seus quadrinhos publicados em coletâneas no Brasil, Colômbia, Argentina, França e Estados Unidos.
Participou de exposições como "Outras imaginações políticas",do Festival AGORA no Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro, "Casa Carioca", no Museu de Arte do Rio, "A Utopia do NÃO", no Paço Imperial (Rio de Janeiro), e mostras em cidades como São Paulo, Brasília e Curitiba, com trabalhos que questionam códigos fechados como o código de trânsito brasileiro, o urbanismo higienista e outras inscrições no espaço. Em 2020, participou da Residência Refresco, onde realizou uma série de instalações e vídeos que foram apresentados no projeto MIRA de vídeoarte do Art Rio. Em 2021, participou da residência Mina Mana Mona, na Despina, onde teve parte com o grupo de residentes na feira de publicações e artes homônima. Em 2022, foi residente da FAAP, em São Paulo.

Mery Horta é mulher, negra, de origem periférica, artista e pesquisadora das áreas relacionadas de artes visuais, dança e performance. Doutoranda e mestre em Artes Visuais na linha de Poéticas Interdisciplinares pelo PPGAV EBA UFRJ. Graduada bacharel em Dança pela UFRJ. Desde 2009 desenvolve trabalhos autorais em diversas linguagens que participaram de festivais internacionais no Brasil, França e Dinamarca. Fundadora e integrante do Mó Coletivo, curadora do Festival Margem Visual: performance periférica. Desde 2017 desenvolve trabalhos entre performances, videoartes, fotografias, objetos e instalações que participaram de exposições em locais como Museu do Amanhã, Galeria A Gentil Carioca, Galeria Aymoré, Centro Cultural da Justiça Federal, Centro Cultural dos Correios, Museu de Arte Contemporânea de Niterói, entre outros. Premiada em 2020 com a performance Útero pelo FUNARTE Respirarte categoria artes visuais. Premiada em 2021 com a fotoperformance Limpar a própria merda com arte pela exposição Arte como trabalho. Sua pesquisa transita na relação do corpo com a materialidade das coisas, em uma via que considera memórias e invenções, perpassando questões sobre ancestralidade afro-indígena, territorialidade e feminino.